E quando a sobra é o que falta? E quando não se sabe o que falta, nem o que sobra?
Mas sobra tanto e falta tão pouco. Que acaba tudo faltando, nada sobrando.
A gente corre atrás do que falta, encontra o que sobra e descobre que a falta tava do outro lado.
(mas a falta tá ali, em algum lugar).
À espreita. Só esperando ser encontrada. Ou não.
É pra encontrar? Sei lá. Deveria.
Mas parece que foge. Corre e apavora.
Como uma criança amedontrada em dia de chuva.
E a gente não desiste. Persistentes, corremos à volta.
E, na falta de alguma coisa, sobra tudo que não precisamos.
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