segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Hipocrisia

hipocrisia
Manifestação de fingidas virtudes, sentimentos bons, devoção religiosa, compaixão etc.; fingimento, falsidade.



Admiro a capacidade que o ser humano tem que ser hipócrita. Enquanto o assunto não lhe interessa, são sorrisos e abraços...experimentem pisar no seu calo.

O único animal, na face da Terra, com essa capacidade, por sinal.

Quando seu cachorro não gosta de alguém, não faz rodeios: avança, late, seja o que for. Ele demonstra. Não vem agradando ninguém só por ser seu amigo. Ou porque é filho de ciclano, aquele carinha bacana que ficou de dar um emprego pro seu filho mais velho. Puro interesse.

E não precisamos ir tão longe.

Hipocrisia, como citado acima, é o ato de fingimento, falsidade. E para mim, fingir tem apenas uma definição. Se você é hipócrita com um assunto, o fato de não ser com outro, não te dá o aval necessário para ser perdoado.

Aprender a respeitar opiniões, compreender defeitos. É isso que falta à raça humana. Em sua grande maioria.

Acontecimentos recentes me fizeram chegar a essa conclusão – ou, simplesmente, afirmá-la. Principalmente, com a eleição recém terminada. (Só para deixar claro: não discuto política, mas considero os políticos, os seres humanos mais hipócritas que já vi). Não vou generalizar porque, se eu não acreditar que pelo menos um político preste, é o mesmo que não acreditar num Brasil melhor. Mas, a maioria, é tudo farinha do mesmo saco.

Aliás, falando nisso...acho muito válido reclamar que o Brasil é isso, é aquilo. Na hora dos “podres”, todo mundo se esquece do fato de SER um brasileiro! Claro, né? É a hipocrisia de achar que todo mundo é pior que você. É mais fácil colocar a culpa no outro, não? Admiração à quem admite seus erros, eu tenho! Por isso procuro sempre valorizar meus erros e procurar acertá-los. Não os nego. Assumo e procuro melhorar. (Até porque, admitir seus erros e mantê-los é o mesmo que nada)

Para terminar, deixo um trecho do livro “A Menina que Roubava Livros” de Markus Zusak. A narrativa dele é feita pela Morte. Sim, a Morte, que tanto tememos. Achei interessante a perspectiva do autor, colocando a Morte como narradora. Um ponto de vista interessante e um livro que indico a todos:

“Tive vontade de dizer muitas coisas à roubadora de livros, sobre a beleza e a brutalidade. Mas que poderia dizer-lhe sobre essas coisas que ela já não soubesse? Tive vontade de lhe explicar que constantemente superestimo e subestimo a raça humana — que raras vezes simplesmente a estimo. Tive vontade de lhe perguntar como uma mesma coisa podia ser tão medonha e tão gloriosa, e ter palavras e histórias tão amaldiçoadas e tão brilhantes.

Nenhuma dessas coisas, porém, saiu de minha boca.

Tudo que pude fazer foi virar-me para Liesel Meminger e lhe dizer a única verdade que realmente sei. Eu a disse à menina que roubava livros e a digo a você agora:

‘Os seres humanos me assombram.’”

2 comentários:

Unknown disse...

Ah,como já te disse,eu adoro seus textos,sou fan.
Mega.Bjo

Gabi Nobrega disse...

É, tia.
Curti muito, você sabe, mas vou poupar as palavras e sabes porque. ^^

Beijo
Gabi